A maior parte das obras físicas foi concluída em 2007, estando disponíveis para uso público desde então, nomeadamente uma piscina, o Pavilhão do jardim, o caravançarai e o complexo do Palácio da Rainha. Para além do trabalho de conservação em Bagh-e Babur, foram feitos investimentos na melhoria das infraestruturas básicas para os moradores do bairro vizinho, continuando a formulação conjunta de um Plano de Ação Distrital. Em 2008, o Bagh-e Babur registou um aumento constante no número de visitantes, com cerca de 60 000 por mês na altura do verão. Desde a introdução de um novo sistema de gestão por parte do Fundo de Bagh-e Babur, com a participação do Município de Cabul, do Ministério da Informação e Cultura e do AKTC, houve também um aumento apreciável nas receitas.

De modo a garantir que a paisagem restaurada e os monumentos podem ser mantidos de acordo com padrões apropriados, o Fundo pretende ir obtendo, ao longo do tempo, sustentabilidade financeira, com a criação de receita a partir de taxas de entrada e eventos públicos apropriados nas várias instalações. 

 

Desde a sua recuperação, o mausoléu tem sido regularmente utilizado para reuniões públicas e exposições, podendo os visitantes voltar a usufruir do parque, que se estende até ao rio Cabul e foi replantado com amoreiras, tal como no jardim original. 

Desde o início de 2003, 11 residências e 15 prédios públicos históricos foram recuperados, tendo melhorado as condições de habitabilidade de mais de 60 famílias, através do acesso a pequenos subsídios e a consultoria de construção nesta e nas áreas adjacentes.  Foi levada a cabo uma série de medidas de modernização, incluindo a pavimentação de becos e determinadas ruas, juntamente com a construção de esgotos e a melhoria do abastecimento de água. Esta reabilitação beneficiou quase 20 000 residentes e gerou cerca de 80 000 dias de trabalho, ao passo que as obras de conservação proporcionaram uma oportunidade de formação a mais de 60 aprendizes sob a orientação de 15 mestres-artesãos e 65 trabalhadores qualificados. Os esforços foram realizados no sentido de proteger e melhorar o espaço público aberto espalhado pela cidade velha. No caso do Parque Zarnegar, a norte da cidade velha, recuperou-se um espaço degradado através da replantação, da instalação de sistemas de irrigação, pavimentação e construção de instalações públicas. O Parque oferece agora um descanso à sombra a milhares de visitantes.

Entre as iniciativas socioeconómicas apoiadas na Cidade Velha, estão os cursos de formação e alfabetização ao domicílio para mulheres, e a entrada em funcionamento de um balneário comunitário restaurado, cuja receita é usada para cobrir os custos de modernização do bairro. Está atualmente a ser restaurado um segundo balneário. A equipa do AKTC continua a trabalhar em estreita colaboração com membros da Comissão da Cidade Velha de Cabul para supervisionar o desenvolvimento do tecido histórico, assim como oferecer apoio técnico aos urbanistas do Município de Cabul e do Ministério do Desenvolvimento Urbano. Em 2008, iniciaram-se as obras de formulação de um modelo de planificação para a Cidade Velha, e a elaboração de propostas para uma política nacional de preservação do património urbano, com o apoio do Banco Mundial. 

 

No final do século XIX, foi construído um edifício residencial no local, pelo rei Abdur Rahman Khan, e o espaço verde circundante foi transformado num jardim formal de 12 hectares. Com o tempo, o edifício residencial foi expandido e deu origem a um palácio, tornando-se um centro da atividade do governo, usado principalmente para conferências de imprensa.  O local ficou fortemente danificado em 1979-1980, ficando inutilizado e negligenciado nos anos seguintes. A paisagem do local, que contém uma vasta vegetação, incluindo árvores perenes maduras, continua a ser usada pelo público em geral para atividades recreativas e desportivas, e constitui um dos jardins públicos mais importantes da cidade, apesar da sua condição degradada.

A intervenção do AKTC, financiada pelo KfW, propõe reabilitar o jardim e o palácio e investir em melhorias e iniciativas de formação na zona envolvente ao jardim, de modo a apoiar a revitalização e a sustentabilidade a longo prazo do local, e assegurar uma distribuição equitativa dos recursos, através da modernização do saneamento, de melhoramentos no acesso e programas de formação socioeconómica que melhorem as condições ambientais e os meios de subsistência. 

O processo de restauração incluiu um levantamento físico abrangente, a reconstrução do telhado, a restauração de elementos decorativos e a modernização dos serviços de aquecimento, eletricidade e canalização.  A Fundação Aga Khan para a Cultura tem estado ativa na restauração do património do Afeganistão desde 2002. Entre muitos outros projetos, reabilitou Bagh-e-Babur, um jardim-terraço murado que contém o túmulo de Babur, o fundador do Império Mogol. Foi também realizada uma série de atividades de melhoramento comunitário, ao nível da água e do saneamento.

O Fundo também procedeu à conservação de prédios históricos importantes, incluindo casas, mesquitas, santuários e instalações públicas, nos bairros da cidade velha de Cabul danificados pela guerra.

O Fundo continua a trabalhar nos Jardins de Chihilsitoon e noutros projetos em Cabul, todos parte do compromisso permanente do Fundo - e da Rede Aga Khan para o Desenvolvimento - para com o povo do Afeganistão.