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  • Ekow Nimako, Building Black: Civilizations.
    Samuel Engelking
Museu Aga Khan comemora as Histórias de África que moldaram o Mundo

Uma exposição obrigatória, uma instalação afrofuturista em Lego, palestras de académicas influentes e música e cinema pan-africano fazem parte da nossa temporada de outono, África!

Toronto, Canadá, 10 de julho de 2019 - À medida que os países africanos vão conseguindo reconhecimento enquanto líderes globais do século XXI, o Museu Aga Khan celebra o poder do continente - o passado, o presente e o futuro - com a nossa temporada de outono, África!

Em consonância com a nossa missão de unir as culturas, estabelecemos parcerias com nações africanas e membros da diáspora africana para trazer a Toronto a inovadora exposição Caravanas de OuroFragmentos no Tempo; uma instalação de arte afrofuturista feita em Lego; e líderes de pensamento e artistas de nível mundial que divulgam as novas dimensões deste vasto e complexo continente.

A exposição Caravanas de Ouro abre no dia 21 de setembro de 2019 e leva os visitantes de volta aos tempos medievais, uma altura em que a África Ocidental alimentava as economias de três continentes com ideias transformadoras da cultura, luxos muito procurado, e bens preciosos, como sal, marfim e ouro - um história que moldou o mundo e que ficou, em grande parte, de fora dos livros de História ocidentais.

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Bowman from Jebba Island, Nigeria, 14th–15th century. Copper alloy, height 95 cm. National Commission for Museums and Monuments, Abuja, Nigeria, 79.R19.
Copyright: 
Museum for African Art and The Fundación Marcelino Botín/Karin L. Wilis
A exposição foi curada por Kathleen Bickford Berzock e organizada pelo Block Museum of Art da Universidade Northwestern, e figura na lista da Christie's de Exposições Obrigatórias em 2019.

A exposição Caravanas apresenta uma abordagem de curadoria de vanguarda que coloca impressionantes obras de arte ao lado de fragmentos arqueológicos recentemente descobertos, e inclui muitos empréstimos das coleções nacionais do Mali, Nigéria e Marrocos. Esta justaposição revela o quanto a África medieval estava profundamente ligada a uma vasta parte do mundo, influenciando a arte e a cultura na Europa, no Médio Oriente e na Ásia.

A exposição apresenta também a lendária figura medieval, Mansa Musa, governante do século XIV do império do Mali na África Ocidental - considerada uma das pessoas mais ricas de todos os tempos. A assombrosa riqueza em ouro de Mansa Musa foi celebrada no seu tempo, com relatos a sugerir que o valor do ouro caiu devido aos seus gastos extravagantes durante a sua peregrinação a Meca.

“Com esta exposição estamos a deitar por terra ideias erradas habituais e a preencher áreas da história mundial que foram negligenciadas”, diz Henry Kim, Diretor e Presidente do Museu Aga Khan. “A esperança é que a nossa programação possa contribuir para conversas críticas no Canadá que expandam a nossa compreensão do passado, e que ajudem a unir as culturas hoje e amanhã.”

Falando em relação ao futuro, o Museu apresenta ao mesmo tempo Building Black: Civilizations, uma instalação de arte afrofuturista feita exclusivamente com peças pretas de Lego pelo artista contemporâneo de ascendência ganesa e canadiana, Ekow Nimako. A sua série de esculturas surrealistas, com uma peça central de quase dois metros de altura, liga as civilizações avançadas da África medieval a uma visão do poderoso futuro do continente.

O foco pan-africano do Museu ganha vida com a nossa temporada 2019/20 de Artes Cénicas, Listening to Other, que presta homenagem ao papel da música na união das comunidades, na preservação da cultura e no estímulo de mudanças sociais. A temporada começa com Toko Telo, um trio que junta as maiores estrelas de Madagáscar para explorar novos elementos da música folclórica do país.

Em parceria com a Batuki Music de Toronto, o Museu apresenta também dois grupos que estão a diluir as fronteiras de género e geografia. O Magreb Project inclui mulheres do norte da África que tocam instrumentos tradicionalmente tocados apenas por homens, e a Orquestra Africana do Okavango cria uma nova linguagem musical reunindo músicos de países africanos (Burundi, Eritreia, Somália, Madagáscar, Senegal, Zimbabué e Gana) que historicamente têm tido pouca interação.

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O artista maliano de blues rock no exílio, Ahmed Ag Kaedy, irá atuar no Museu em Novembro.
Copyright: 
Konrad Wadmann
Por fim, uma programação vibrante na área educacional que destaca aspetos do continente africano que irão confrontar a nossa conceção do mundo. Começamos com um discurso de abertura da curadora da Caravanas, Kathleen Bickford Berzock, Diretora Associada de Assuntos de Curadoria do Block Museum of Art, destacando as parcerias com o Mali, Marrocos e Nigéria que tornaram a exposição possível.

Continuamos com um conjunto empolgante de conferências com oradores de renome. O Diretor do Museu Nacional Smithsonian de Arte Africana, Gus Casely-Hayford, irá juntar-se a nós para discutir as muitas épocas douradas da arte africana, e a curadora do Museu Victoria & Albert, Dra. Mariam Rosser-Owen, dará uma palestra sobre a política medieval do ouro e do marfim. Destacam-se também um curso de várias semanas acerca do impacto de longo alcance do comércio africano anterior à era medieval, e uma conversa e visita guiada com o artista Ekow Nimako.

PARA QUESTÕES DE IMPRENSA, POR FAVOR CONTACTE:
Olena Gisys,
Porter Novelli 
olena.gisys@porternovelli.com/
 
416.422.7152

Kelly Frances,
Museu Aga Khan 

press@agakhanmuseum.org 
​​​​​​​416.858.8735

NOTAS

A exposição Caravanas de Ouro, Fragmentos no Tempo: Arte, Cultura e Intercâmbio na África Saariana Medieval foi organizada pelo Block Museum of Art da Universidade Northwestern. A Caravanas de Ouro foi tornada possível em parte pelo Fundo Nacional para as Humanidades de Exploração do Empenho Humano, assim como pelo Instituto Buffett para os Estudos Globais da Universidade Northwestern. Um doador anónimo tornou possível a deslocação da exposição para o Museu Nacional de Arte Africana do Instituto Smithsonian. Foi providenciado um apoio adicional por parte do Fundo Nacional para as Artes, as Fundações Myers, o Grupo de Ex-alunos da Universidade Northwestern, a Fundação Robert Lehman, a Fundação Elizabeth F. Cheney e a Agência do Conselho de Artes do Illinois.

O Museu Aga Khan em Toronto, Canadá, foi criado e desenvolvido pelo Fundo Aga Khan para a Cultura (AKTC), uma agência da Rede Aga Khan para o Desenvolvimento (AKDN). A missão do Museu passa por fomentar uma maior compreensão e apreciação da contribuição que as civilizações muçulmanas tiveram para o património mundial, refletindo, através das suas exposições permanentes e temporárias, a forma como as culturas se ligam entre si. Projetado pelo arquiteto Fumihiko Maki, o Museu partilha uma área de 6,8 hectares com o Centro Ismaili de Toronto, projetado pelo arquiteto Charles Correa. O parque paisagístico circundante foi projetado pelo arquiteto paisagista Vladimir Djurovic.