Procedimentos de análise e seleção
Grande Júri do Prémio e análise de projetos no local
A análise dos projetos e a seleção dos premiados é da responsabilidade de um júri independente especialmente indigitado para cada ciclo do prémio. Cada júri é multidisciplinar, reunindo especialistas em áreas como história, filosofia, arte, engenharia e preservação arquitetónica, para além de arquitetos, paisagistas e urbanistas no ativo.
Para o Décimo Quarto ciclo, o grande júri realizará duas reuniões antes de tomar as decisões finais. Na primeira reunião, o júri analisa os projetos nomeados e compila uma lista de aproximadamente 20 projetos que são depois submetidos a uma análise no local por parte de especialistas na área, normalmente arquitetos, engenheiros e urbanistas selecionados pelo Gabinete do Prémio.
Os analistas de projetos no local estão encarregados de examinar em detalhe cada um dos projetos finalistas, verificando os dados do projeto e procurando informações adicionais como a reação de utilizadores. Os analistas devem referir um conjunto detalhado de critérios nos seus relatórios escritos, e devem responder a preocupações e questões específicas preparadas pelo grande júri para cada projeto. Para garantir uma objetividade máxima, cada analista reporta sobre projetos localizados fora dos seus países de origem.
Na segunda reunião do grande júri, os analistas de projetos apresentam ao grande júri cada um dos projetos finalistas. Após a avaliação dos projetos, o grande júri seleciona os premiados e determina a repartição do prémio de 1 milhão de dólares. Dado que o sucesso de um projeto vencedor se pode dever ao esforço de vários indivíduos, grupos e organizações, o júri distribui os prémios entre os contribuintes - arquitetos, outros profissionais de design e construção, artesãos, clientes e instituições - que considere terem sido mais importantes para o sucesso de cada projeto. As decisões do grande júri são definitivas.
Anúncio dos Projetos Finalistas e Vencedores dos Prémios
Os projetos finalistas pelo grande júri são anunciados ao público numa conferência de imprensa. As informações acerca dos projetos também são divulgadas através de uma grande campanha organizada pelo Gabinete do Prémio. Os projetos finalistas também são publicados na monografia cíclica do Prémio e apresentados no seminário de atribuição de prémios, que é realizado no final de cada ciclo trienal.
Os premiados selecionados pelo grande júri são anunciados um mês antes da cerimónia que homenageia os projetos vencedores e marca o fim de cada ciclo trienal. As cerimónias de atribuição de prémios tiveram sempre lugar em lugares selecionados pelo seu significado arquitetónico: os Jardins Shalimar em Lahore (1980), o Palácio Topkapi em Istambul (1983), o Palácio Badi' em Marraquexe (1986), a Cidadela de Saladino no Cairo (1989), a Praça de Registan em Samarkand (1992), Karaton Surakarta em Solo (1995), a Alhambra em Granada (1998), a Cidadela de Alepo (2001), os Jardins do Túmulo do Imperador Humayun em Deli (2004), as Torres Petronas em Kuala Lumpur (2007), o Museu de Arte Islâmica de Doha (2010), o Castelo de São Jorge de Lisboa (2013) e o Forte de Jahili em Al Ain (2016).
Após cada cerimónia de atribuição de prémios, o comité diretivo organiza um seminário para apresentar os projetos vencedores e finalistas a um público mais vasto, fornecendo um fórum para que os participantes possam debater as questões prementes do ambiente construído contemporâneo. Os eventos após a cerimónia, na forma de palestras e exposições, também terão lugar nos países onde estejam localizados os projetos vencedores.
Por ocasião da cerimónia de atribuição de prémios, é publicada uma monografia abrangente contendo descrições e ilustrações dos projetos vencedores e finalistas, reflexões de membros do júri acerca do processo de tomada de decisões e ensaios da autoria de membros do comité diretivo.