Está aqui

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  • O Parque Nacional do Mali em Bamako foi desenvolvido no âmbito de uma parceria público-privada entre o Governo do Mali e o Fundo Aga Khan para a Cultura (AKTC).
    AKDN / Christian Richters
  • Centro de Arquitetura de Terra em Mopti, Mali.
    AKDN / Christian Richters
  • Pequeno minarete no mihrab - Restauração da Mesquita de Djingareyber em Timbuktu, Mali.
    AKDN / Christian Richters
  • A Mesquita de Mopti no Mali, fachada sul e entrada principal.
    AKDN / Christian Richters
  • Restauração da Mesquita de Djingareyber em Timbuktu, Mali - Trabalho de reboco no interior.
    AKDN / Christian Richters
Desenvolvimento cultural - Visão geral

O Fundo Aga Khan para a Cultura (AKTC) trabalha no Mali desde 2004, altura em que iniciou a restauração da Grande Mesquita de Mopti (concluída em 2006). A mesquita, vulgarmente conhecida como Mesquita de Komoguel, estava em risco de colapso. A primeira fase da obra concentrou-se na reparação do telhado e na estabilização da parte superior do edifício, que havia ficado danificada devido ao uso inadequado de cimento numa anterior obra de restauração em 1978. Os pedreiros locais removeram a camada de cimento e substituíram as áreas danificadas por argamassas e tijolos tradicionais, os quais são feitos com a mistura de terra com palha de arroz. 

Mais recentemente, o Fundo trabalhou com o governo para criar o Parque Nacional do Mali na capital Bamako. Como resposta ao rápido crescimento da população da cidade nos últimos anos - para mais de um milhão de habitantes - a necessidade de um planeamento urbano de longo alcance era crucial. A resposta do governo foi definir os contornos do Parque Nacional do Mali, um espaço com 103 hectares dentro de uma reserva florestal protegida de 2100 hectares, que forma um significativo cinturão verde num país que é essencialmente árido. Nos termos da parceria público-privada, o governo pediu ao AKTC que se concentrasse nos 103 hectares do Parque, uma enorme garganta semicircular de floresta protegida que fica por baixo dos afloramentos escalonados do planalto de Koulouba, entre o Museu Nacional e o Complexo do Palácio Presidencial.  
 
Considerando as atrações naturais do Parque, as suas grandes dimensões e a localização próxima ao Complexo do Museu Nacional, o Parque foi projetado para oferecer amplos espaços abertos para atividades educacionais e de lazer para o público em geral, grupos escolares e turistas. O sumário do projeto previa a unificação dos locais já existentes do Museu Nacional e do Jardim Botânico e Zoológico num único parque cultural/ecológico de valor considerável, com atrações naturais e culturais.
 
A fase 1 incluiu a reabilitação de 17 hectares de espaços abertos e jardins, e a construção de várias novas instalações. O Parque possui uma rede vasta de circulação pedestre e passeios formais por toda a parte. Esta contém circuitos de fitness, corrida, ciclismo e montanhismo de dificuldade variada e diversos trilhos interpretativos de reconhecimento de botânica, pássaros e natureza. A rede pedestre oferece acesso fácil aos 103 hectares do Parque e liga as instalações existentes, como o Museu Nacional e o anfiteatro. Este último é dedicado à educação e às artes do espetáculo. A fase 1 também incluiu o redesenvolvimento e a integração de oito instalações existentes.
 
O arquiteto Diébédo Francis Kéré, vencedor do Prémio Aga Khan para a Arquitetura em 2004, foi contratado para projetar um portão primário e secundário, um edifício de entrada, um centro desportivo e de juventude, um restaurante, casas de banho públicas e vários quiosques. Os espaços do jardim apresentam flora indígena em ambientes variados, desde áreas abertas relvadas a jardins floridos, áreas arborizadas e um jardim medicinal. Espera-se que a instalação de uma série de sinais e placas educacionais interpretativas e a formação de guias venham a oferecer novas experiências educacionais aos visitantes.