Em 2005, a AKF lançou um projeto de desenvolvimento rural integrado na região de Sofia, com o objetivo de duplicar a produção de arroz, formando grupos de agricultores em práticas alternativas de cultivo de arroz. Para apoiar estes esforços, foi criada a Prèmiere Agence de Microfinance (PAMF) em 2006. A PAMF trabalha em estreita colaboração com a AKF para oferecer serviços financeiros em Sofia, operando tanto em áreas rurais como em pequenas cidades. Tem hoje 13 filiais, incluindo fora de Sofia.
O PIB de 10 mil milhões de dólares de Madagáscar é em grande parte impulsionado pelas indústrias extrativas, agroindústria, bancos, transportes, pecuária e pesca. Embora a nação insular tenha encontrado a estabilidade política desde as eleições bem-sucedidas em 2014, a situação económica continua a ser um desafio, com lacunas graves ao nível das infraestruturas e com um crescimento do PIB relativamente lento. Madagáscar continua a ser um dos países mais pobres de África, com mais de 75% da sua população a viver abaixo do limiar de pobreza nacional.
O setor de microfinanciamento de Madagáscar foi criado em 1990. Começou a verificar um crescimento rápido na última década, com mais de 30 agentes a chegar a cerca de um quarto da população. É um segmento crucial do cenário financeiro e é visto como um veículo para ajudar a erradicar a pobreza extrema, particularmente porque o setor bancário atinge apenas 3% dos 24 milhões de habitantes do país, a maioria dos quais ainda depende de agiotas informais que impõem taxas de juros excessivas.
A PAMF trabalha em estreita colaboração com a Fundação Aga Khan (AKF) para prestar serviços financeiros em Sofia, operando em áreas rurais e pequenas cidades. Tem hoje 13 filiais, incluindo fora de Sofia. Uma vez que 70% dos mutuários da PAMF vivem em áreas rurais, a PAMF espalhou-se por diferentes áreas geográficas e setores económicos, tais como as áreas urbanas da região de Analamanga, e cidades como Majunga em Boeny, onde está focada em pequenos comerciantes e artesãos. Em 2011, a PAMF começou a oferecer empréstimos a PME. O objetivo da PAMF é chegar aos mais vulneráveis da sociedade que vivem em áreas isoladas. Como parte do seu compromisso para com o país, a PAMF trabalhou com a Fundação Grameen para desenvolver a primeira tabela do Índice de Pobreza (PPI) para Madagáscar, uma ferramenta muito usada no microfinanciamento para medir o alcance da pobreza.
Para além de empréstimos a grupos para a produção de arroz e vegetais, pequenos equipamentos e contas de poupança coletiva, a PAMF oferece empréstimos para armazenamento e crédito de inventário nos seus próprios celeiros ou nos celeiros das vilas ou de mutuários. Como parte da estratégia da PAMF em serviços financeiros digitais, esta está a trabalhar em soluções técnicas para oferecer serviços bancários móveis, o que seria um novo canal de entrega para a instituição.
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