Um novo edifício com uma composição radical, mas respeitador do seu contexto tradicional, que “flutua” sobre um pátio exterior. A Universidade Americana de Beirute (AUB) lançou um concurso para o projeto de uma estrutura para acomodar um grupo de reflexão moderno no seu exuberante complexo que estivesse em harmonia com o resto da universidade, especialmente atento à vegetação circundante, e que preservasse, na medida do possível, os ângulos de visão existentes para o Mediterrâneo. O edifício teve de se adaptar a outro ponto na implementação de um plano-mestre para a AUB, cujo complexo superior tem vista para o mar e o complexo inferior fica à beira-mar. O arquiteto respondeu ao dossier do projeto criando um design que reduz significativamente a pegada ecológica do edifício ao colocar uma sala de leitura, uma sala de conferências e espaços de investigação a "flutuarem" acima do pátio de entrada, sob a forma de um cantiléver de 21 metros de comprimento, com o intuito de preservar a paisagem existente. O edifício com 3.000 metros quadrados define-se pelos caminhos e ligações dentro da universidade; o edifício nasce das geometrias dos caminhos que se cruzam como uma série de plataformas e espaços interligados de investigação e diálogo. A distribuição da massa e do volume encaixa muito bem na topografia, e as figueiras e ciprestes circundantes estão perfeitamente integradas no projeto. A construção deste edifício é uma continuação da cultura de construção libanesa do século XX de trabalhar com betão à vista.