Após meses de estudos participativos, no seguimento do convite feito à ONG por parte dos habitantes para a construção de uma escola na aldeia, chegou-se à ideia de que esta deveria também funcionar como um centro de desenvolvimento sustentável para as áreas circundantes, promovendo a criatividade, liberdade e pensamento crítico. Localizado numa vasta planície, o seu muro envolvente não é encarado como uma estrutura defensiva, mas como uma envolvente convidativa e divertida, com grandes perfurações com formas irregulares, com uma parte mais larga que abriga a loja, a portaria e o armazém. No interior, as salas de aulas estão unidas à volta de um grande pátio circular, estendendo-se para criar pátios secundários triangulares para a circulação do ar e para atividades ao ar livre. O complexo com um design não-hierárquico acomoda ainda uma biblioteca e um espaço multiusos para atividades comunitárias, artesanato ou alojamento turístico. A sua estrutura resistente a terramotos está revestida com uma mistura de cimento e solo local, harmonizando com a paisagem. A manutenção da escola é assegurada por moradores e professores, e financiada pelos lucros com atividades turísticas e pela venda de bordados feitos no local por mulheres locais.