Está aqui

Está aqui

  • Em Bamyan, no Afeganistão, uma central fotovoltaica de 400 KW produz mais de metade do abastecimento elétrico deste hospital de 141 camas com serviços de diagnóstico e cirurgia.
    AKDN / Kiana Hayeri
Artigo do BMJ apresenta o trabalho da Rede Aga Khan para o Desenvolvimento no sector da saúde com vista ao cumprimento de emissões de carbono zero

Genebra, Suíça, 10 de Novembro de 2021 - O British Medical Journal (BMJ) publicou um artigo intitulado “A descarbonização do sector da saúde em países com baixos e médios rendimentos: os caminhos possíveis para as emissões de carbono zero”, no qual os investigadores calcularam que a pegada de carbono global no sector da saúde é equivalente a cerca de 4-5% do total de emissões a nível global - e com tendência para crescer. Em relação a 24 países com baixos e médios rendimentos (LMIC), o BMJ refere que "alcançar a cobertura universal de saúde poderia resultar num acréscimo de 382 milhões de toneladas de CO2 equivalente (tCO2e) por ano" - o que levaria a um aumento da pegada de carbono global ao nível dos cuidados de saúde de cerca de 16%.

É ainda mencionado que o foco tem estado na redução das emissões dos países com altos rendimentos e na adaptação em países com baixos e médios rendimentos. Contudo, os Serviços Aga Khan para a Saúde e a Universidade Aga Khan provaram que os LMIC podem reduzir as suas emissões de gases de efeito de estufa - e poupar dinheiro com isso. O artigo do BMJ, que teve por base dados fornecidos pela Rede Aga Khan para o Desenvolvimento, destacou que os LMIC podem fazer a sua parte na redução de atividades intensivas em carbono, ao mesmo tempo que avançam no sentido do objetivo de desenvolvimento sustentável 3.8 da ONU de atingir a cobertura universal de saúde.

O artigo do BMJ refere também que “as medidas para mitigar as emissões de carbono podem igualmente proporcionar uma redução de custos (p. ex., eficiência energética), benefícios para a saúde pública no curto prazo (p. ex., redução da poluição do ar) e um acesso atempado a cuidados de saúde (p. ex., telessaúde)”. A integração da redução das emissões de carbono no cumprimento da cobertura universal de saúde é uma situação vantajosa para todas as partes e “pode potenciar maiores benefícios ao nível de cuidados e cobertura de saúde em países LMIC”.

Para mais informações, por favor, contacte:

Dra. Fawzia Rasheed através do e-mail fawzia.rasheed@gmail.com

Ou leia o artigo completo no British Medical Journal.

Também no dia 10 de Novembro, terá lugar um painel de discussão correlacionado com o título "Reconstruir de forma mais ecológica: qual o papel da saúde na criação de um futuro sustentável?", o qual será apresentado pela editora do BMJ Fiona Godlee, às 16h, horário do Reino Unido. Registe-se aqui.