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  • “Sabíamos que não seria fácil e só iria ficar mais difícil. Mas vamos superar isto e vamos ajudar o maior número de pacientes e as suas famílias”, diz Samira Kabani, aluna da Escola de Enfermagem e Obstetrícia da AKU e gestora de enfermagem no Hospital da Universidade Aga Khan em Karachi, Paquistão.
    AKDN / Shabbir Hussen
Samira Kabani: COVID-19 - Coragem e compaixão nas linhas da frente

Samira Kabani, gestora de enfermagem no Hospital da Universidade Aga Khan em Karachi, no Paquistão, foi um dos principais membros da equipa por trás do lançamento do serviço permanente de 24 horas para os pacientes com coronavírus.

Nestes tempos de incerteza, Samira tem estado sempre em movimento com a coordenação da assistência prestada aos pacientes por mais de 50 enfermeiros dentro e fora das instalações do polo universitário. As marcas da sua máscara protetora apertada estão gravadas na sua pele, mas ela continua comprometida em fornecer cuidados de saúde compassivos a todos os seus pacientes.

“Assim que recebemos o primeiro paciente de COVID-19 do Paquistão em Fevereiro, eu e os meus colegas de enfermagem desenvolvemos um conjunto de ferramentas - algoritmos com critérios de testagem definidos - para a admissão e gestão de pacientes suspeitos e confirmados”, disse Samira, ao descrever o sistema que ajuda a acompanhar o progresso de todos os pacientes sob os seus cuidados.

Quando Samira informou a sua equipa acerca da necessidade de um novo sistema e das mudanças a serem implementadas para oferecer um serviço permanente de 24 horas aos pacientes com COVID-19, temeu que esta viesse a sentir-se desgastada com o trabalho. Em vez disso, a equipa enfrentou o desafio, aprendendo a gerir o novo sistema de pacientes, trabalhando em estreita coordenação com os colegas de outros departamentos e usando camadas de equipamentos de proteção individual para se manterem a si e aos outros em segurança enquanto prestavam cuidados de saúde a pacientes potencialmente contagiosos.

“Sabíamos que não seria fácil e só iria ficar mais difícil. Mas vamos superar isto e vamos ajudar o maior número de pacientes e as suas famílias”, diz Samira, ex-aluna da Escola de Enfermagem e Obstetrícia da AKU.

No último mês e meio, os profissionais de saúde da linha de frente a trabalharem sob a supervisão de Samira têm tratado dos pacientes que chegam pela primeira vez e feito o acompanhamento dos outros pacientes, assim como de indivíduos com alergias ou gripes e constipações sazonais, e estão preocupados com a possibilidade de terem contraído o coronavírus.

Apesar dos muitos desafios de trabalhar num ambiente de alto risco, ainda existem momentos de alívio e felicidade, como quando um paciente recupera e testa negativo, ou quando um paciente conclui os protocolos de isolamento e pode regressar para junto da sua família.

A equipa de Samira continua a trabalhar em estreita colaboração com equipas multidisciplinares dos departamentos de Doenças Infeciosas e Medicina Interna do Hospital Universitário. Estes fornecem dados oportunos acerca do progresso dos pacientes com coronavírus utilizando um sistema automatizado que permite a partilha de informações em tempo real com o governo de Sinde, que determina a resposta de saúde pública à pandemia.

Esta história foi adaptada de um artigo publicado no site da AKU.