A criação de parques e jardins tem sido uma parte importante do trabalho da AKDN em várias cidades com rápido crescimento urbano em países em desenvolvimento, incluindo o Cairo, Bamaco, Cabul e Deli.
Como forma de agradecimento ao apoio exemplar do Canadá pelos programas de desenvolvimento nestes países, a AKDN ofereceu vários parques e jardins a cidades canadianas, em Toronto e Edmonton, com o intuito de melhorarem a qualidade de vida tanto dos habitantes como dos visitantes.
Jardim Islâmico, em Edmonton
O jardim Aga Khan de 4,8 hectares inspirado na era Mogol,situado em Edmonton, Alberta, que foi possível graças a um presente de 25 milhões de dólares canadianos por parte de Sua Alteza o Aga Khan, é uma interpretação moderna da arquitetura paisagística islâmica projetadas para o clima e a topografia da região de Edmonton. O Jardim Aga Khan é o jardim islâmico mais setentrional do mundo.
O Jardim apresenta caminhos florestais isolados, miradouros de granito e calcário, lagos que refletem o céu da planície e uma cascata que cai sobre pedras texturizadas. Os pomares de árvores de fruto estendem-se em redor do grande Lago de Calla, e o jardim possui mais de 25 000 árvores, arbustos, plantas perenes, anuais e de pântano, escolhidas pela sua fragrância, beleza e capacidade de sobreviver ao clima rigoroso de Alberta. O jardim deve ser um espaço onde a compreensão cultural possa florescer.
A criação do Jardim Aga Khan deverá mais do que duplicar o número de visitantes anuais (de 75.000 a 160.000) ao Jardim Botânico da Universidade de Alberta, beneficiando a economia de toda a região. Para garantir uma experiência positiva para o fluxo esperado de visitantes, outras significantes atualizações foram feitas ao Jardim Botânico da Universidade de Alberta, incluindo melhorias no estacionamento, uma nova praça de entrada e melhorias na infraestrutura.
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Parque Aga Khan, em Toronto
Vladimir Djurovic, arquiteto paisagista que vive no Líbano, concebeu os jardins formais do Parque Aga Khan. Com base num tradicional chahar bagh persa e mughal (jardim dividido em quatro partes), os jardins são concebidos de acordo com uma geometria natural, graças à plantação ordenada de arónias. Fornecem um local tranquilo para contemplação, bem como áreas flexíveis para eventos públicos ou privados.
Além de um perímetro delimitado de sebes de cedro, os jardins fluem de forma harmoniosa num parque cujas árvores, incluindo a magnólia estrelada, bétula negra, álamo-trémulo e o chorão, foram escolhidas pelas formas e cores variadas, bem como pela sua capacidade de suportar o clima canadiano.
Estão também plantados no Parque arbustos e plantas adequados para atrair pássaros e borboletas, como berbéris púrpura, glicínias e arbustos Forsítia.
Antes de concluir os projetos, Djurovic foi encorajado por Sua Alteza Aga Khan a visitar jardins tradicionais a nível mundial, como o Túmulo de Humayun em Nova Deli e os jardins do pátio do Alhambra, em Granada. Djurovic tinha como objetivo último não duplicar estes exemplares históricos, mas comunicar “mais o que se sente, cheira e ouve”. O Museu Aga Khan, o Centro Ismaili, em Toronto, e o Parque Aga Khan colocam em harmonia o espírito, a arte e a natureza num contexto do século XXI, ao manterem uma ligação intrínseca com a história das civilizações islâmicas.