A noção de cultura como um recurso e não como um luxo ainda é contestada em muitas das regiões mais pobres do mundo. Como tal, parte significativa da herança cultural do mundo – muita da qual no mundo Muçulmano – está em risco, porque outras necessidades são consideradas prioritárias. A questão central tem sido como pode a cultura, integrada com instrumentos de desenvolvimento mais tradicionais, ser usada para melhorar a vida em contextos urbanos, pobres e mesmo remotos. Como pode a cultura criar emprego, aumentar rendimentos, melhorar o bemestar e a saúde, reforçar o respeito pela diversidade e até restaurar o orgulho e a esperança?
Há mais de três décadas, o Fundo Aga Khan para a Cultura tem mostrado como a cultura pode ser um catalisador para melhorar a qualidade de vida – no seu sentido mais amplo – mesmo nas regiões mais pobres e remotas do mundo. Do Afeganistão a Zanzibar, da Índia ao Mali, o apoio do Fundo às comunidades tem mostrado como a cultura – muitas vezes o único bem ao dispor de uma comunidade – pode ser o trampolim tanto para o desenvolvimento social como para o desenvolvimento económico.